segunda-feira, 9 de maio de 2011

CINEXTINÇÃO: cinema experimental & coletivo em Bauru

O Enxame Coletivo em parceria com o empório cultural Extinção estréia em maio o projeto “CinExtinção”, sala de cinema alternativo e gratuito em Bauru. Com a programação contendo filmes raros e produções mais artísticas, a proposta é enriquecer o público semanalmente com títulos fora dos grandes circuitos.

No improvisado espaço intimista da loja Extinção, com lotação máxima de 20 pessoas, os filmes serão exibidos sempre às quintas-feiras e a agenda de programação divulgada no site do Enxame Coletivo e no blog da Extinção.

O público terá a chance de assistir ao cinema experimental de filmes underground nacionais e internacionais; documentários, animações e obscuridades, até produções alternativas mais próximas do universo pop e a videoarte de várias épocas.

“CinExtinção” é realizado pela equipe técnica do Enxame Coletivo com a curadoria de Aran Carriel (Extinção). As sessões têm entrada livre e acontecem às 19 horas, estreando na quinta-feira, 12 de maio, no piso superior da Extinção (Rua Cussy Jr., 8-17 – Centro; Fone 3018 1733).

12/5: “EXIT THROUGH THE GIFT SHOP” (BANKSY)

Reino Unido, 2010. Direção: Banksy. Com Banksy, Thierry Guetta, Space Invader. Duração: 87 min

O documentário, dirigido pelo elusivo artista de rua Banksy (aquele, da introdução polêmica dos Simpsons), narra a surpreendente história, supostamente real, de Thierry Guetta, um videomaker francês vivendo em Los Angeles que é convidado a registrar os expoentes da street artcom o intuito de realizar um filme sobre eles. "A street art, diferente de pinturas a óleo sobre tela ou outras obras feitas para durar, tem vida curta. Precisávamos de alguém que soubesse usar uma câmera para documentá-la", comenta Banksy no vídeo.

Porém, depois de acompanhar Banksy e outros artistas ao longo de meses, Guetta, cujos filmes são inassistíveis, decidiu tornar-se ele próprio um street artist. De registrador ele passa a ser o registro. (...)

Independente da veracidade ou não do documentário (?), o filme cumpre o que se propõe: inicia, com um atônito sorriso, um debate sobre a arte nos dias atuais. (Omelete)

Premiado no Festival de Sundance, em Janeiro de 2010.

19/5: “MÚSICA É A ARMA” (FELA KUTI: MUSIC IS THE WEAPON)

França, 1982. Direção: Stéphane Tchal Gadjieff e Jean-Jacques Flori.

Duração: 53 min

“Fela Anikulapo Kuti é para a música africana o que Bob Marley é para o reggae: Seu profeta. Todas as formas atuais de "Black Music" (do funk ao eletrônico) devem algo ao groove irresistível que ele criou: o Afrobeat. Durante sua vida, Fela nunca parou de gravar: Mais de 60 álbuns, todos míticos. Toda a sua carreira ele lutou contra a corrupção política no seu país de origem, a Nigéria, e foi muito querido por seu povo, que carinhosamente o chamava de "Presidente Negro"... até 1997, quando ele morreu de Aids aos 58 anos.

Dirigido em 1982 por Stéphane Tchal Gadjieff e Jean-Jacques Flori, "Music Is The Weapon" é o documentário definitivo sobre Fela. Um filme essencial a todos que querem conhecer melhor um artista no coração da história musical africana. Filmado em Lagos, o filme nos leva desde a "República Kalakuta" à mítica casa noturna "Shrine". No auge de sua carreira numa Nigéria caótica, Fela quis concorrer à Presidência. O exército respondeu atacando sua comunidade, violentando suas mulheres e arremessando sua mãe de uma janela, o que a levou à morte pouco depois. Após mais um período na prisão, mais determinado do que nunca e rodeado de seu povo, Fela transmite à camera seus pensamentos políticos, de panafricanismo, política e religião.” (PopMatters)

26/5: “SONHOS QUE O DINHEIRO PODE COMPRAR”

(DREAMS THAT MONEY CAN BUY)

Estados Unidos, 1947. Direção de Hans Richter.

Duração: 99 min

Altamente onírico e alucinante exemplo da vanguarda nos anos 40, “Dreams That Money Can Buy” é um filme experimental colorido escrito, produzido e dirigido pelo artista surrealista/dadaísta alemão Hans Richter com a participação de outros nomes seminais como Max Ernst, Marcel Duchamp, Man Ray, Alexander Calder, Darius Milhaud e Fernand Léger.

Recebeu o “Prêmio pela Melhor Contribuição Original ao Progresso da Cinematografia” (!) em 1947, ano em que foi lançado, no Festival de Cinema de Veneza.


Um comentário:

  1. Linda, maravilhosa iniciativa. Sempre é bom uma dose de cultura de bom gosto pra chacoalhar a pasmaceira!!!!!!!! Sucesso, muito sucesso.
    Parabéns
    Vasqs

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